Febre de origem obscura em portador de Neurofibromatose tipo 1 e doença de Crohn

Autores

  • José Galvão-Alves Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro
  • Marta Carvalho Galvão Hospital Federal da Lagoa
  • Bruna Cerbino de Souza Hospital Pró-Cardíaco

Palavras-chave:

Neurofibromatose tipo 1, doença de Crohn, doença de Von Recklinghausen

Resumo

O avanço da Medicina Nuclear nos últimos anos vem trazendo perspectivas inovadoras tanto na área diagnóstica como na terapêutica, incorporando à prática clínica novas e distintas técnicas, capazes de auxiliar em diagnósticos cada vez mais precoces, que por sua vez possibilitam iniciar tratamentos mais precisos, gerando desfechos clínicos favoráveis. Desse modo, a cintilografia com 99mTc-leucócitos polimorfonucleares marcados tem sido útil na localização de processos inflamatórios/infecciosos, tendo importante papel em diversas áreas, elucidando situações clínicas até então desafiadoras. Nosso objetivo, através da descrição de um paciente com doença de Crohn, neurofibromatose tipo 1 e febre de origem obscura, é demonstrar a importância dos métodos complementares, em especial os leucócitos marcados, na elucidação diagnóstica precoce, permitindo uma melhor e decisiva qualificação da prática médica.

Biografia do Autor

José Galvão-Alves, Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro

Membro Titular da Academia Nacional de Medicina. Professor Titular de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Fundação Técnico-Educacional Souza Marques. Professor Titular de Pós-Graduação em Gastroenterologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Chefe da 18ª Enfermaria da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro.

Marta Carvalho Galvão, Hospital Federal da Lagoa

Professora de Radiologia da Fundação Técnico Educacional Souza Marques (FTESM). Médica Radiologista do Hospital Federal da Lagoa-RJ. Membro Titular do Colégio Brasileiro de Radiologia. Mestre em Radiologia pela UFRJ.

Bruna Cerbino de Souza, Hospital Pró-Cardíaco

Médica do Staff do Hospital Pró-Cardíaco (RJ). Membro Titular da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG). Membro Titular da Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM). Médica da 18ª enfermaria da Santa Casa da Misericórdia do RJ – Serviço do Prof. José Galvão-Alves.

Referências

Almeida B, Moreira H, Sousa JP, Gomes H, Silva PC, Maia JC. Tuberculose intestinal – um diagnóstico a voltar a considerar. Rev Port Coloproct 2011; 8(1): 12-19.

Cameron EM, Raeburn A, Ford MJ. Neurofibromatosis and inflammatory bowel disease. Scott Med J 1989; 34:500-501.

Fuller e Williams. Gastrointestinal manifestations of type I neurofi bromatosis (von Recklinghausen disease), Histopathology, 19: 1-11, 1991.

Harrison’s Principles of Internal Medicine. 19ª edição, McGraw-Hill Medical Publishing Division, 2015.

Hirbe AC et al. Neurofibromatosis type 1: a multidisciplinar approach to care. Lancet Neurol. 2014 Aug;13(8):834-43.

Lee MJ, Stephenson DA. Recent developments in neurofibromatosis type 1. Curr Opin Neurol 2007; 20:135-141.

Michael W. Rabow, Stephen J. McPhee, Maxine A. Papadakis, Current - Medical Diagnosis e Treatment, 57ª edição, Lange Medical Books/McGraw-Hill, 2018.

Sleisenger & Fordtran. Tratado Gastrointestinal e Doenças do Fígado, 9ª ed, Elsevier, 2010.

Souza JF, Toledo LL, Ferreira MCM, Rodrigues LOC, Rezende NA. Neurofibromatose tipo I: mais comum e grave do que se imagina. Rev Assoc Med Bras 2009; 55(4): 394-9.

Triantafillidis JK, Peros G, Merikas E, Malgarinos G, Gikas A. Crohn’s disease in a patient with Von Recklinghausen’s disease: A rare combination of two disorders with genetic background. Annals of Gastroenterology. 2009, 22(2): 119-122.

Vignal C, Singer E, Peyrin-Biroulet L, Desreumaux P, Chamaillard M. How NOD2 mutations predispose to Crohn’s disease? Microbes Infect 2007; 9:658.

Downloads

Publicado

2022-04-16

Edição

Seção

Relato de Caso